Alinhamento de “Um Disco para José Mário Branco”:

1. Luca Argel – Queixa das Almas Jovens Censuradas (inédito)
2. Marfa – Engrenagem (inédito)
3. Osso Vaidoso – Cantiga da Velha Mãe e dos Seus Dois Filhos (Mãe Coragem) (inédito)
4. Batida feat. AF Diaphra – A Cantiga Is The Weapon (inédito)
5. Primeira Dama – Tiro-no-liro (inédito)
6. Guta Naki – Canto dos Torna-Viagem (inédito)
7. Ermo – Eram Mais de Cem (inédito)
8. JP Simões – Inquietação
9. Camané – Fado Penélope
10. Lavoisier – Eu Não Me Entendo
11. The Walkabouts – Hard Winds Blowin’ (Sopram Ventos Adversos)
12. SINGLE – Cantiga Para Pedir Dois Tostões
13. Peste & Sida – Década de Salomé feat. José Mário Branco
14. Ruas – Comboios Parados
15. José Mário Branco e Mão Morta – Loucura
16. João Grosso – FMI (inédito)

(P) 2019 Lavoisier (Eu não me Entendo)
(C) 2019 Edições Valentim de Carvalho, S.A.

A música e as palavras de Zé Mário são intemporais, inspiradoras e transversais.
Por isso, não é de estranhar que haja tantos e tão diferentes artistas que já pegaram na sua música e a transformaram.
E outros que foram desafiados a fazê-lo, e responderam com vontade e entusiasmo. Juntando todos,
fizemos “UM DISCO PARA JOSÉ MÁRIO BRANCO”, lançado a 24 de Maio 2019. Um dia antes do seu 77º aniversário.
“Um Disco para José Mário Branco” é uma prova de admiração e afecto, e também um agradecimento. Pela música, pelas palavras,
pelo exemplo, pela atitude, pela inspiração. Ao reunir um conjunto de artistas tão ecléctico e diversificado, o resultado foi um retrato-mosaico de uma obra maior da música portuguesa. Ao juntar tantas sensibilidades diferentes, percebe-se que José Mário Branco
chegou a várias gerações sem perder força, que as suas ideias, soluções e abordagens à canção, no fundo a sua visão artística, continuam a fazer sentido e caminho.
Este disco partiu da celebração dos 40 anos do 25 de Abril, tendo o José Mário Branco como referência. Fez-se um livro (na Abysmo)
e um espectáculo (na Casa da Música). Lançaram-se sementes. E agora, recolhem-se os frutos nas leituras inéditas de Luca Argel,
Marfa, Osso Vaidoso, Batida feat. AF Diaphra, Primeira Dama, Guta Naki, Ermo e João Grosso. E completam este lote com uma recolha de versões, colaborações e citação já editadas de JP Simões, Camané, Lavoisier, os norte-americanos The Walkabouts, os espanhóis SINGLE, Peste & Sida e Mão Morta.
A obra de José Mário Branco vai do hip-hop à electrónica, do fado à pop, do rock à poesia pura e dura, sem passar pela facilidade,
gratuidade ou vacuidade. É política, emotiva, terna, dura, alegre, triste, lúdica, inteligente. E sempre generosa. Como este feliz
mapa que (re)inventa caminhos, (re)aponta direcções e, no entretanto, (re)descobre tesouros.”

UM DISCO PARA JOSE MARIO BRANCO – EU NAO ME ENTENDO

MUSICA: JOSE MARIO BRANCO LETRA: JOSE LUIS GORDO

Entrego a minha voz,
Ao coração do vento
E quanto mais água,
Dos meus olhos corre,
Mais fogo acendo
Eu não me entendo,
Eu não me entendo.

E por ti já gastei
Todo o pensamento
Ai amor, ai amor
Se o tempo já gastou,
Já gastou o nosso tempo
Eu não me entendo,
Eu não me entendo.

A primavera do meu tempo,
Já gastei a primavera do meu tempo.
Já fiz da boca jardins de vento
E não me entendo,
E não me entendo
Eu não me entendo!